Sindicato alemão pede que 3M evite fechamento de fábrica da Dyneon

O sindicato alemão dos trabalhadores mineiros, químicos e energéticos, IGBCE, instou a 3M a abandonar os planos de descontinuar a produção de fluoropolímeros no país.

A 3M anunciou no ano passado a eliminação de todos os produtos químicos per e polifluorados (PFAS) – incluindo fluoroelastômeros fabricados por sua subsidiária Dyneon, que produz 180.000 toneladas métricas de polímeros à base de flúor por ano, incluindo fluoroelastômeros, PTFE e fluoroplásticos e aditivos de polímero, de acordo com o site da empresa.

Localizada no Parque Químico de Gendorf, no sudeste da Alemanha, a fábrica de Dyneon está entre as instalações que serão fechadas até o final de 2025 e depois desmanteladas. O IGBCE vinculou este encerramento aos esforços da 3M para eliminar o uso de PFAS em resposta às medidas regulatórias da Agência Europeia de Produtos Químicos para proibir todos os tipos de PFAS.

O sindicato, numa resolução de 13 de junho, instou a 3M a manter as operações de produção na unidade de produção em Gendorf e a não fechar a sua subsidiária Dyneon.

“Pedimos à 3M que venda licenças e patentes à Dyneon GmbH”, disse o sindicato, acrescentando que “há partes interessadas numa aquisição”.

A 3M, sediada em St. Paul, Minnesota, no entanto, rejeitou opções para a revenda de suas fábricas, patentes e licenças de PFAS. Cerca de 700 funcionários serão diretamente afetados pelo fechamento da fábrica e “todo o parque químico poderá falhar como resultado”, disse o IGBCE.

A Dyneon produz fluoropolímeros usados ​​em diversas aplicações industriais vitais, incluindo baterias, produção de energia e microchips.

Segundo o sindicato, a Dyneon é responsável por 30% do volume de produção europeu e é o único fabricante da região para algumas classes de produtos.

“O fim da produção em Gendorf privaria a indústria alemã e europeia de uma das suas fontes mais importantes de matérias-primas”, afirma a resolução da IGBCE.

Os políticos alemães e a 3M, afirmou, “devem assumir a responsabilidade pelas pessoas no triângulo químico da Baviera e pela soberania tecnológica na Alemanha e na Europa”.

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